Maternidade é se redescobrir, desenhar um novo livro da vida.
Yoga é viver esse novo livro com lucidez.
PAZ e LUZ!
Vivi

sábado, 18 de junho de 2016

Yoga para crianças

As crianças em sua expressão autêntica revelam exatamente o estado livre da mente, algo almejado pelos praticantes de yoga, uma possibilidade de troca com a vida de forma despretensiosa, sem cobranças e necessidade de reconhecimento, apenas ação: vontade e realização. Esse estado natural não gera ansiedade, temor, ou qualquer dos padrões emocionais que comumente temos visto nas crianças dessa geração. As crianças integradas consigo, acompanhadas em suas descobertas por adultos também buscadores de si, se tornam adultos não especiais ou espetaculares, mas realizadores de seu potencial humano, vivas!!!

O Ser vem ao planeta pois alguma forma de carência o atrai a essa experiência, apenas essa lacuna é preponderante em sua existência e apenas a presença em si mesmo e a vontade de fazer escolhas pode realmente fazer fluir nessas lacunas a possibilidade de mudanças, o preenchimento, a realização.

 Trazer a criança para o contexto do yoga seria permitir desde pequenas o questionamento se realmente é importante se prender a vários lastros emocionais desse contexto ou simplesmente o que vale é viver de forma integra o que se sente. O bem e mal é relativo e temporal, mas a troca com o outro e o respeito ao principio de equivalência (todos temos o mesmo valor no Universo), é básico para manter o contato consigo, que se revela de forma ainda mais clara na troca com o outro.

O mais forte nessas aulas é simplesmente a troca humana, o permitir da criança de ser criadora do seu momento, sem molde ou formatos. O pano de fundo é o Yoga, as posturas, as respirações, os mantras, as histórias, mas o mais importante é a criança perceber que tem voz, que ela é pequena mas que é uma consciência, que percebe muitas coisas, que sente e tem seu discernimento, deve ser ouvida, respeitada como tal.

Os limites aparecem na aula não como controle hierárquico, por um gosto do professor ou de outra criança, mas sim por um limite do meio, não danificar o meio, não machucar o outro. O limite é do meio, não do modelo social!
As ideias das crianças são bem vindas e acolhidas na medida das possibilidades!

Nesse processo criativo coletivo o yoga aparece e a criança se sente acolhida e se revela em sua expressão autêntica.