Maternidade é se redescobrir, desenhar um novo livro da vida.
Yoga é viver esse novo livro com lucidez.
PAZ e LUZ!
Vivi

terça-feira, 30 de outubro de 2012

BABY YOGA

Baby yoga é uma aula voltada para mães e bebês. Através de uma prática suave ambos são beneficiados e a ligação entre eles fica ainda mais forte e equilibrada.


O vínculo é estimulado pelo contato, pelo olhar, pelo cheiro, pelos sons que as mães entoam. Alquimia humana, transformando os conflitos em oportunidades de aprendizado. A percepção intuitiva é favorecida através do convite ao silêncio e a percepção de si. Todos são envolvidos numa atmosfera mais harmônica, sem julgamentos ou comparações.


A turma é pequena, com 4 mães e seus bebês, permitindo troca entre elas, carinho, resgatando o apoio das tribos, que se perdeu em meio as mil ocupações do dia a dia. As mães precisam de espaço para falar e ouvir, para ser fêmeas, crescer com seus filhos, em PAZ e LUZ! Algumas posturas tradicionais do yoga são adaptadas para que os bebês possam ficar bem coladinho em suas mães, de forma lúdica a aula segue como uma brincadeira deliciosa, trazendo leveza e suavidade. A massagem indiana em bebês, Shantala, também está presente durante a aula, movendo a energia no corpo dos pequenos, liberando possíveis pontos de tensão.


Nessa fase do primeiro ano da maternagem a mãe pode se sentir muito sozinha em casa e ter uma oportunidade para sair, se arrumar e curtir seu bebê em outro ambiente é muito favorável.
vivi e ravi (arquivo pessoal)
Experimente, dê uma oportunidade para algo novo, que pode se revelar um momento muito especial!



Espaço Nascente - quartas e sextas 14:30h e 16h.

Muita LUZ!

Viviane Cabral

domingo, 7 de outubro de 2012

Viver melhor: O corpo se regula se a gente deixar

http://www.soniahirsch.com/ 
 
Aprendi uma idéia nova:
auto-regulação.

Sempre soube que o corpo
é um sistema auto-regulável
que expressa suas necessidades
e procura satisfação – se está
desidratado, manifesta sede;
se está cansado, encosta, ou senta,
ou deita; se está com calor
procura a sombra, tira a roupa.

Auto-regulação, portanto, é uma
característica do corpo de buscar
o equilíbrio através de movimentos
muitas vezes imperceptíveis.

Comeu muito açúcar? O corpo tira
cálcio das reservas para neutralizar
a acidez que o açúcar provoca.
Andou de sandália nova?
O corpo faz uma bolha d’água
para proteger o dedo e acumular
material que reponha a pele,
talvez em várias camadas calosas,
se você insistir na sandália.

Até aí, nada de novo.

A grande novidade, para mim,
é pensar que o corpo se auto-regula
também em relação a emoções.

Produzindo lágrimas, por exemplo, quando se sente triste.
Ou rubor nas faces ao se perceber alvo de uma atenção
especial. Suando fedido apesar do desodorante, se a
situação é de ansiedade e há muita adrenalina circulando.
Isso quer dizer que a emoção encontra uma forma concreta
de expressão que ao mesmo tempo é uma descarga, uma
forma de liberar a tensão que aquela emoção provoca.

E é nesse ponto que a coisa começa a ficar mais
interessante. Veja só: alguém que está auto-regulado
usufrui de um estado de prazer, satisfação, integração
consigo mesmo e com o meio ambiente. O corpo
digeriu emoções e alimentos e voltou ao estado de
equilíbrio, que vai durar até que algo aconteça –
do lado de fora, como um repentino vento frio, ou
do lado de dentro, como a vontade de ir ao banheiro.

Mas vamos supor que não seja possível sair do vento,
não seja possível ir ao banheiro. O corpo vai reagir
como? Criando mecanismos de contenção para lidar
com a impossibilidade: contrai a musculatura, respira
menos. Com isso o fluxo de energia corporal fica mais
lento, ou mesmo bloqueado. Quando for possível
encontrar abrigo e alívio, o corpo também vai poder
relaxar e recuperar seu estado de prazer.

A grande encrenca acontece se a auto-regulação não se der.
Por exemplo, uma criança fica triste e chora. Mas de tanto
ouvir a mãe dizer para não chorar, cria uma retenção,
bloqueia o choro, e com isso o corpo não pode se autoregular.
Há um engarrafamento de energia ali, a respiração
piora, os músculos se ressentem, os fluidos não circulam
livremente. A emoção já passou há muito tempo
e a retenção continua.

– De tanto não fazer o que precisaria para atender
a um processo de auto-regulação, o organismo
deixa de ser saudável, se torna neurótico,
diz Julia Andrade, terapeuta que trabalha
com a linha biodinâmica, estetoscópio
em punho. O que ela escuta com ele:
o movimento dos fluidos na barriga.

– É o psicoperistaltismo, explica. – O sinal de que
o organismo é saudável se identifica através de sons
na área baixa do abdômen, como os de um rio passando.
Essa fluência indica que o corpo está sendo capaz de
regular e dissolver produtos de pressão e tensão emocional.

É uma segunda função do intestino:
além de processar os alimentos,
separando o que vai para o sangue
do que vai para fora, ele também
“digere” as emoções.

Julia observa que na nossa cultura se valoriza muito o fazer,
trabalhar, produzir: uma pessoa acha que está bem quando
tem muitas atividades.

– Mas na perspectiva da auto-regulação
se dá importância a chegar em casa,
relaxar, saborear a experiência do dia,
dar um tempo entre uma situação e outra.
Antes de começar uma nova atividade, ter certeza de que
digeriu a anterior. Perceber quando é preciso descansar.
Escolher o que dá mais prazer em vez do que os outros
acham que é bom. E sentir confiança nos processos
corporais de descarga, como chorar, desabafar, gritar,
bocejar, rir, soltar gases, gemer, cochilar, enfim: tudo o que
pode trazer de volta a respiração calma, a fluidez dos
líquidos do corpo, o prazer.

Fundamental, diz Julia, é não ficar acumulando raiva,
frustração ou qualquer outra emoção difícil, nem fazer de
conta que não sentiu: pode até segurar na hora porque a
sociedade e a cultura exigem, mas depois tem que expressar
para dissolver. Seja na massagem, na caminhada, na terapia,
dançando na discoteca, conversando com algum amigo ou
na happy hour antes de voltar para casa. É o momento
para falar, rir da situação, reclamar, falar mal do chefe...

E você, já deu sua auto-reguladinha hoje?

(Crônica do livro Meditando na cozinha, republicada hoje para a leitora Elis Melo em nome de todas as mulheres estressadas do mundo)